A MATEMÁTICA E A LITERATURA INFANTIL

 Procurei esse livro pra baixar mas não consegui, se alguém tiver ou souber onde encontrar me avise por favor.



Organizado por: Maira Costa
 Idade recomendada: 3 e 4 anos.
 Conteúdo: Números
 Objetivos: Essa sequência didática tem por objetivos o desenvolvimento da recitação numérica, a contagem e a comparação entre números e quantidades.



"Aqui está tão quentinho!" é um livro dos coreanos Choi Min-Ho e Jang Seon-Hye (Ed. Callis). O livro faz parte da coleção "Tan Tan" que busca ensinar conceitos matemáticos por meio de histórias divertidas. Nesse livro, o objetivo é ensinar a contar de um a dez e a sequência numérica. Depois dessa breve apresentação, quem já leu sobre literatura infantil descartaria o livro de cara, afinal a boa obra de literatura infantil não deve ter como objetivo ensinar algo. No entanto, o livro ultrapassa esse objetivo pedagógico. A narrativa se passa num bosque onde vivem diversos animais e um ogro que não tem amigos. Quando o inverno rigoroso chega, todos procuram um lugar para se proteger do frio. No final uma surpresa encanta as crianças... As belas ilustrações e a busca pela sobrevivência acabam fazendo da narrativa algo mais do apenas ensinar a contar. Além disso, narrativas com animais sempre atraem as crianças mesmo que eles não sejam tão conhecidos do leitor brasileiro (são javalis, faisões e guaxinins nesse bosque gelado).



Primeira etapa:
Sugerimos que você inicie a exploração deste livro pela capa. Pergunte aos alunos que animais eles conseguem ver na capa do livro, quantos há de cada um, pedindo que façam a contagem dos animais do modo como desejarem.
É comum que crianças nessa idade escolar tenham conhecimentos relativos à recitação da série numérica; no entanto, isso não significa que realizam contagem eficientemente. Por esse motivo, se necessário, auxilie-as nesse processo.
Faça perguntas que levem as crianças a levantar hipóteses sobre a história, seu enredo e suas personagens: o que será que os animais estão fazendo ali? Por que será que o ilustrador do livro fez aquele desenho para uma história que tem esse título? Além disso, você pode questionar sobre a cobertura branca que há no chão e sobre o monte; verifique se elas conhecem neve, se sabem do que ela é feita e se existe neve no inverno do nosso país. Com isso, leve os alunos a relacionar o título da história com a necessidade que todos os animais, inclusive os seres humanos, têm de se aquecerem nos dias frios do ano.
Depois dessa exploração inicial, conte a história aos alunos até o momento em que o ogro sai de cena, onde o texto diz: “Os animais não viam mais o ogro por perto. E também não aguentavam mais o clima tão frio”. Aproveite esse momento para conversar com os alunos sobre algumas hipóteses do destino do ogro, pedindo que façam um desenho que mostre aonde o ogro pode ter ido.


Segunda etapa:
Inicie a aula perguntando quem é que se lembra da história do ogro que você contou outro dia. Diga que hoje você continuará contando a história para que eles saibam aonde é que o ogro realmente foi.
Em uma roda de conversa, pergunte a cada aluno aonde ele acha que o ogro foi, retomando os desenhos que as crianças fizeram na aula anterior. A partir daí, continue contando a história até o final.
Depois disso, converse com as crianças novamente para poderem checar suas hipóteses sobre onde o ogro estava, confrontando-as com as informações obtidas no texto.
No final da história não fica explícito, através da escrita, onde é que o ogro esteve durante o inverno; por isso, é importante que os alunos analisem as informações contidas na ilustração. Verifique se eles perceberam que os animais se abrigaram sob o pelo do ogro e que o grande monte de neve era, na verdade, o ogro, que hibernou durante o inverno e ficou recoberto pela neve.


Terceira etapa:
Conte novamente a história para os alunos dando ênfase à contagem dos animais que aparecem ao longo da história. Faça isso com pausas na leitura, solicitando que confiram a quantidade de animais anunciada no texto, através da contagem. Em determinados momentos, deixe que os alunos digam quantos animais aparecerão na próxima página, verificando se eles percebem que o texto segue a ordem da sequência numérica.
Peça aos alunos que, organizados em trios, localizem o trecho da história em que o ogro vai embora (págs. 3 e 4) e explore fazendo algumas problematizações orais:
Quais são os animais que aparecem nessas páginas?
O que há mais, cervos ou ursos?
Quantos animais pequenos há nessas páginas?
Quantos animais grandes há nessas páginas?
Se juntarmos os animais grandes e os animais pequenos, quantos teremos ao todo?
O que há menos, filhotes de faisão ou guaxinins?
Faça um cartaz com as respostas encontradas pelos alunos para essas problematizações, escrevendo o nome do animal e o número correspondente à resposta ao lado e exponha-o na sala. A intenção desse registro é mostrar aos alunos que existe uma forma convencional de registrar quantidades.


Quarta etapa:
Apresente o livro aos alunos e pergunte se alguém se lembra da história. Peça a um aluno que conte a história aos amigos da sala. Depois disso, faça uma dramatização, na qual os alunos montarão os grupos de animais de acordo com a quantidade apresentada no livro.
Aproveite o momento para que os alunos realizem comparações de quantidades e verifiquem onde é que há mais ou menos animais.
Você pode propor a seguinte situação: “Vamos montar o grupo dos coelhos? De quantos alunos vamos precisar para esse grupo?”. Os alunos localizam o trecho do livro que mostra o grupo dos coelhos, verificam quantos há e, então, formam um grupo com a mesma quantidade de alunos. Depois, peça que formem o grupo dos ratinhos do campo e questione-os: onde há mais e onde há menos animais? É possível propor, também, que juntem os grupos de animais e digam quantos animais conseguiram juntar.
Após as dramatizações, dê aos alunos materiais como giz de cera, lápis de cor e folha em branco para que desenhem o grupo de animais de que mais gostaram na história. Durante o registro, procure observar a forma como cada aluno representa os animais da história, se há uma preocupação em desenhar a quantidade correspondente, se surge algum registro referente numérico, etc.
Na socialização do registro, solicite aos alunos que expliquem suas representações e, se achar necessário, faça um registro do depoimento do aluno em um local de registro separado, evitando legendar o desenho dele, já que o registro produzido tem função comunicativa. Guarde o desenho e o depoimento para fazer uma comparação da evolução das representações de quantidade (se ocorrerem) realizadas em outro registro de mesma natureza que os alunos fizerem em outros momentos.



Quinta etapa:
Conte a história para os alunos novamente, pedindo a ajuda deles nos momentos em que os animais aparecem, pedindo que eles ajudem a realizar as contagens necessárias. Ao final da leitura, auxilie-os a inventar outro final para a história. Sugerimos que esse registro seja feito em forma de texto coletivo, em que os alunos auxiliam na construção das idéias e informações que desejam colocar no texto. É interessante que esse registro seja fixado na sala em tamanho grande, para que todas as crianças possam contribuir com sua ilustração.



Sexta etapa:
Proponha uma brincadeira de esconde-esconde em que são selecionados os alunos que irão se esconder em quantidades iguais àquelas apresentadas no livro. Por exemplo: “Agora vamos brincar de esconde-esconde dos ursos. Duas crianças vão se esconder, e o resto da turma vai procurá-las”. Peça a ajuda dos próprios alunos para formar os grupos de animais que vão se esconder, contando cada componente.
Ao final da brincadeira, converse com os alunos sobre como foi a brincadeira, se gostaram, se acharam difícil formar os grupos, por que acharam isso. Você pode reunir outra classe e pedir que seus alunos expliquem aos novos amigos como é que brincaram.
Você pode fotografar os alunos brincando e, em outro momento, solicitar que eles auxiliem na confecção de legendas que expliquem partes da brincadeira.







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