"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade".
(Karl Mannheim)
Há cerca de 30 ou 40 anos atrás, o maior sonho de consumo da maioria das crianças eram as balas, pirulitos ou um sorvete na venda mais próxima. Algum objeto mais caro, como um brinquedo, ficava por conta dos adultos e dos pais, que o presenteavam em datas especiais, diga-se Natal ou aniversário.
Todo o dinheiro que manipulavam era gerado por algum troco ou moeda, que seus pais lhe davam ou mesmo que às vezes conseguiam em troca de algum pequeno serviço, como cortar a grama ou alimentar os animais. E eles tinham o costume de poupar, num cofrinho, para o futuro.
Crianças ávidas por bens de Consumo
Hoje, o que presenciamos é que as crianças, cada vez mais, estão ávidas por bens de consumo rápido e se cansam muito cedo do que conseguem, sempre querendo mais, sem nenhum apego ou zelo pelo objeto conquistado.
O grupo ou a faixa etária, ao qual pertencem, dita o que devem possuir. Os pais se sentem no dever de atender suas exigências, para não causar traumas em suas crianças.
O grandioso mercado infanto-juvenil
O volume de dinheiro, que essa camada da população gera é fabuloso. Além das próprias crianças, que compram produtos com suas economias, existem os pais, avós, tios, amiguinhos e outros que ajudam a aumentar esse grandioso mercado de objetos para a camada infanto-juvenil.
Produtos alimentícios, brinquedos, roupas, viagens, livros, etc. são produzidos especialmente para seduzir as crianças. Elas também serão as consumidoras do futuro. E empresas se especializam em atendê-las e educá-las, nesse mundo de consumo, para que quando adultas, estejam familiarizadas com compras e mais compras.
Propagandas instigam o desejo
Propagandas especialmente produzidas para instigar o desejo na criança pela posse de determinados objetos, com apelos emocionais aos pais, que se sensibilizam e compram o que é oferecido.
No mundo atual a oferta de bens de consumo é maior para todos, sejam homens, mulheres ou crianças. A tecnologia faz com que os objetos tenham uma vida útil curta. Se aliado a isso, ainda incentivarmos nossas crianças a consumirem, sem critério e com tanta abundância, como elas serão no futuro? Como agirão em relação ao dinheiro?
O que os pais podem fazer?
Cabe a nós adultos e pais repensarmos os rumos que estamos tomando em relação a essa parte da educação delas. A felicidade ou caráter de nossas crianças não está na quantidade de objetos que eles possuem.
Vivemos num mundo em que possuir é parte de nossas escolhas. Mas não deve ser a principal. O papel dos pais é educar as crianças para um consumo consciente, que possibilite no futuro, ser um adulto que é feliz desejando apenas o que realmente precisa e não o que a sociedade insinua que ele tem que ter.
O consumo consciente está na moda, amplamente divulgado como meio para preservar o planeta. Pegando carona nessa idéia, tão atual, os pais podem incentivar as crianças a consumir apenas o que precisam. Éramos felizes dessa forma. E sabemos que as crianças são capazes de serem felizes com coisas muito simples. Leia em nosso artigo: Brincar é mais do que ter brinquedos.
FONTE: http://bbel.uol.com.br
1 comentário:
Oi lindinha!!! Passando e regando a sementinha da nossa amizade!!! Saudadesss
Bjsssss
Lê
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