Reciclagem ou reúso de água

A reciclagem ou reúso de água não é um conceito novo na história do nosso planeta.
A natureza, por meio do ciclo hidrológico, vem reciclando e reutilizando a água há milhões de anos, e com muita eficiência.
Cidades, lavouras e indústrias já se utilizam, há muitos anos, de uma forma indireta,ou pelo menos não planejada de reúso, que resulta da utilização de águas, por usuários de jusante que captam águas que já foram utilizadas e devolvidas aos rios pelos usuários de montante. Milhões de pessoas no mundo todo são abastecidas por esta forma indireta de água de reúso.
Durante muitos anos este sistema funcionou de forma amplamente satisfatória, o que contudo não acontece mais em muitas regiões, face ao agravamento das condições de poluição, basicamente pela falta de tratamento adequado de efluentes urbanos, quando não pela sua total inexistência.
Evoluiu-se, então, para uma forma denominada direta de reúso, que é aquela em que se trata um efluente para sua reutilização em uma determinada finalidade, que pode ser interna ao próprio empreendimento, ou outra externa, para uma finalidade distinta da
primeira, como por exemplo, a prática de reúso de efluentes urbanos tratados para fins agrícolas.
A forma direta ou planejada, utiliza tecnologias e práticas de renovação e reúso de água, que atravessaram uma série de fases nos últimos duzentos anos.
A primeira fase foi motivada por uma vertente baseada no conceito conservacionista em que os dejetos da sociedade deveriam ser conservados e utilizados para preservar a fertilidade dos solos, enquanto a outra, numa abordagem mais pragmática, era direcionada
para a eliminação da poluição dos rios. No final do século XIX, o conceito de tratamento de efluentes domésticos por disposição nos solos foi utilizado na Grã-Bretanha,Alemanha e nos Estados Unidos com um enfoque central na redução da poluição dos rios e não como um método conservacionista de recarga de aqüíferos ou de aumento de nutrientes para o solo.
Na segunda fase, que se pode considerar até o final dos anos noventa, o principal enfoque foi basicamente a necessidade de se conservar e reusar água em zonas áridas.
Verificou-se grandes esforços de reúso de água para o desenvolvimento agrícola em zonas áridas dos Estados Unidos, como Califórnia e Texas, e em países como a África do Sul, Israel e Índia. Em Israel, por exemplo, o reúso de águas residuárias tornou-se uma política nacional em 1955. O plano nacional de águas, incluía reúso dos principais sistemas de tratamento de efluentes das cidades no programa de desenvolvimento dos limitados recursos hídricos do país.
A terceira fase, na qual nos encontramos atualmente, acabou se sobrepondo à segunda,e é baseada na urgente necessidade de se reduzir a poluição dos rios e lagos. Como as exigências ambientais foram se tornando cada vez mais restritivas, os planejadores concluíram que dados os altos investimentos requeridos para o tratamento dos efluentes, se torna mais vantajoso reutilizar estes efluentes ao invés de lançá-los de volta aos rios.
No Brasil, as externalidades ambientais associadas ao setor industrial e ao rápido crescimento urbano, no contexto do desenvolvimento das regiões metropolitanas, apontam para cenários futuros de escassez hídrica.

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